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MST ocupa terras em seis estados no início de Abril Vermelho

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Ações do MST buscam pressionar o governo Lula a avançar na política de reforma agrária; ocupações ocorreram em estados do Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste.

BRASIL, 07 de abril de 2025 –  O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizou ocupações de propriedades rurais em seis estados brasileiros no início do “Abril Vermelho”, mobilização anual que cobra avanços na reforma agrária. As ações ocorreram entre os dias 5 e 7 de abril e têm como alvo áreas consideradas improdutivas.

As invasões foram registradas em Minas Gerais, Pernambuco, São Paulo, Rio Grande do Norte, Ceará e Paraíba, conforme informou o MST. No Ceará, integrantes também ocuparam, nesta segunda (7), a sede da Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA), localizada em Fortaleza, reforçando as ações de pressão.

Em Minas Gerais, cerca de 600 famílias invadiram, no sábado (5), a Fazenda Rancho Grande, exigindo a sua desapropriação. Já em São Paulo, 400 famílias ocuparam a Usina São José, que, segundo o MST, possui dívidas e processos trabalhistas, além de envolvimento em um desastre ambiental neste ano.

No estado de Pernambuco, diversas ocupações ocorreram. Em Goiana, 800 famílias tomaram a Usina Santa Teresa, apontada pelo movimento como símbolo de irregularidades e devastação ambiental. Em Tacaratu, 250 famílias invadiram a Fazenda Boi Caju com a mesma reivindicação de desapropriação.

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PRESSÃO POR REFORMA AGRÁRIA

Ainda em Pernambuco, mil famílias ocuparam a fazenda CopaFruit, considerada representante do agronegócio voltado à exportação. No município de Limoeiro, 205 famílias tomaram um polo industrial desativado, alegando improdutividade da área e solicitando sua destinação à reforma agrária.

No Rio Grande do Norte, a ocupação ocorreu em Mossoró, na fazenda experimental da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA). O MST afirma que a área está desativada há mais de três anos. Segundo o movimento, mais de 200 famílias participaram da ação.

Na Paraíba, 50 famílias invadiram a Fazenda Carvalho, também com a justificativa de improdutividade da terra. O movimento exige a imediata desapropriação da área para fins de reforma agrária.

PROMESSA DO GOVERNO E RELAÇÃO COM O MST

Durante evento realizado no último sábado (5), o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, anunciou que o governo pretende assentar 60 mil famílias até o fim do atual mandato. A declaração foi feita durante a inauguração do assentamento Egidio Brunetto I, em Lagoinha, São Paulo.

Apesar da aliança histórica entre o MST e o presidente Lula, há divergências públicas entre as partes. Em 2023, Lula declarou que as invasões de terra não são mais necessárias, afirmando que a reforma agrária pode ser realizada sem confrontos.

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