
MARANHÃO, 16 de julho de 2025 – O Ministério Público do Maranhão (MPMA) instaurou um inquérito civil para apurar possíveis irregularidades na lotação de professores temporários durante a gestão do prefeito Eduardo Braide (PSD).
A investigação, conduzida pela 34ª Promotoria de Justiça Especializada na Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa, visa verificar se houve descumprimento de normas ou desvio de finalidade em contratações pela Secretaria Municipal de Educação (Semed).
O caso surge em meio a protestos de professores aprovados em concurso público, que cobram a nomeação dos classificados. Nesta segunda (14), educadores se reuniram em frente à Prefeitura para denunciar a manutenção de contratos temporários, mesmo com candidatos aprovados aguardando convocação.
Braide havia garantido publicamente o preenchimento das 2.400 vagas previstas no edital — 600 imediatas e 1.800 para cadastro de reserva. No entanto, manifestantes acusam a gestão de priorizar contratações provisórias, em suposta violação ao princípio do concurso público como forma legítima de ingresso no serviço público.
O Sindeducação, sindicato que representa a categoria, relatou problemas na etapa de posse dos aprovados. Centenas de professores compareceram ao Instituto de Previdência e Assistência do Município (IPAM) sem confirmação oficial, baseando-se apenas em mensagens informais enviadas por WhatsApp.
A ausência de publicação no Diário Oficial aumentou a desconfiança sobre a transparência do processo.
O sindicato exige um cronograma oficial que respeite a ordem de classificação e garanta os direitos dos concursados.