
IMPERATRIZ, 22 de abril de 2025 – A adolescente Evely Fernanda Rocha Silva, de 13 anos, morreu às 12h desta terça (22), no Hospital Municipal de Imperatriz. Ela estava internada na UTI desde o último dia 16, após apresentar quadro grave de intoxicação.
Segundo o boletim médico, Evely faleceu em decorrência de choque vascular refratário, associado a falência múltipla de órgãos. A equipe do hospital informou que todas as medidas terapêuticas foram adotadas conforme os protocolos estabelecidos, mas a paciente apresentou rápida deterioração clínica, sem resposta ao tratamento.
A morte da adolescente é a segunda registrada no caso que envolve o consumo de um ovo de Páscoa supostamente envenenado. O irmão de Evely, Luís Fernando Rocha Silva, de sete anos, morreu no dia 18 de abril. A mãe das crianças, Mirian Lira Rocha, de 32 anos, permanece internada, mas apresenta evolução clínica.
INVESTIGAÇÃO APONTA MOTIVAÇÃO PASSIONAL
A Polícia Civil do Maranhão segue investigando o caso como envenenamento. A principal suspeita é Jordélia Pereira Barbosa, de 35 anos, ex-companheira do atual namorado de Mirian. Ela foi presa e transferida no último domingo (20) para a Unidade Prisional de Ressocialização Feminina de São Luís.
Segundo a polícia, Jordélia teria comprado o ovo de Páscoa em um supermercado de Imperatriz e enviado o presente à casa da vítima por meio de um motoboy, utilizando peruca e óculos escuros para dificultar a identificação. Na embalagem havia um bilhete: “Com amor, para Mirian Lira. Feliz Páscoa”.

A polícia aguarda a conclusão dos laudos periciais sobre o conteúdo do ovo e o exame cadavérico de Luís Fernando para confirmar a presença de substâncias tóxicas. Até o momento, há indícios de uso de “chumbinho”, um tipo de veneno altamente tóxico, encontrado entre os materiais apreendidos com Jordélia.

LAUDOS E PERÍCIA SÃO AGUARDADOS
A principal linha de investigação aponta para crime passional motivado por ciúmes. A polícia apura se houve envolvimento de terceiros. O motoboy responsável pela entrega e o atual namorado de Jordélia, porém, não são considerados suspeitos neste momento.
Os próximos passos das investigações dependem dos laudos técnico-científicos que estão sendo produzidos pelo Instituto de Criminalística e pelo Instituto Médico Legal (IML).
O caso segue sob responsabilidade da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Imperatriz.