O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a apreensão de “armas, munições, computadores, passaporte, tablets, celulares e outros dispositivos eletrônicos” dos alvos da operação, incluindo o ex-presidente.
A operação que atingiu o ex-presidente Jair Bolsonaro na manhã desta quarta (3) por suposta falsificação de comprovantes de vacinação teve um 16 mandados de busca e apreensão, que focou em militares e políticos do Rio de Janeiro, e seis pessoas presas.
O esquema investigado pela Polícia Federal indica que dados falsos de vacinação teriam sido inseridos em dois sistemas do Ministério da Saúde – o Programa Nacional de Imunizações e a Rede Nacional de Dados em Saúde – entre novembro e dezembro de 2022, visando gerar comprovantes fraudulentos de vacinação.
A PF reforça, ainda, que os sistemas adulterados do Ministério da Saúde chegaram a apontar que duas doses de vacinas da Pfizer contra Covid teriam sido aplicadas no ex-presidente. Após a operação, Bolsonaro negou que ele e a filha tenham se imunizado.
A investigação também indica que o suposto esquema fraudulento tinha interesse na garanta de que Bolsonaro e membros do círculo, incluindo sua filha de 12 anos chamada Laura, e vários assessores e os familiares destes pudessem entrar nos EUA.
Teriam sido forjados comprovantes de vacinação dos seguintes personagens:
- Ex-presidente Jair Bolsonaro
- Laura Bolsonaro, filha de 12 anos de Jair e Michele Bolsonaro
- Tenente-coronel Mauro Cid Barbosa
- A mulher e a filha do coronel Cid
Pelas regras que entraram em vigor nos Estados Unidos desde 2021, a entrada a partir do exterior de viajantes não-cidadãos e não-residentes no país só é autorizada com a apresentação de comprovante de vacinação. A exigência só deve acabar a partir de 11 de maio de 2023.