BRASÍLIA, 17 de agosto de 2023 – Nesta quinta (17), o ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) deu sinal verde para a quebra do sigilo bancário e fiscal do ex-presidente Jair Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
A autorização foi concedida após um pedido feito pela Polícia Federal (PF) na semana passada, no contexto da investigação da Operação Lucas 12:2. Essa operação visa apurar as suspeitas de operação de uma organização criminosa voltada para o desvio e comercialização de presentes que foram recebidos pelo ex-presidente de autoridades estrangeiras.
Conforme os detalhes das investigações, os desvios tiveram início em meados de 2022 e se estenderam até o começo deste ano. Entre as pessoas envolvidas, destaca-se o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, e seu pai, o general do Exército, Mauro Lourena Cid. O militar trabalhava no escritório da Apex, em Miami.
De acordo com as normas estabelecidas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), os presentes oferecidos por governos estrangeiros deveriam ser incorporados ao Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH), um setor ligado à Presidência da República responsável pela custódia dos presentes.
Esses itens não poderiam fazer parte do acervo pessoal de Bolsonaro, nem deixar de passar pelo processo de catalogação.