BRASÍLIA, 22 de janeiro de 2024 – O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, lançou críticas à imprensa neste domingo (21) após veículos de comunicação relembrarem casos de corrupção na Petrobras durante governos anteriores do PT.
Paulo Pimenta apontou o que chamou de “sincronia e articulação” na “grande mídia corporativa” para obstruir os esforços do Brasil em se destacar na área de petróleo e gás. Em seu perfil oficial no Twitter, o ministro destacou dois pontos críticos.
Primeiro, mencionou um discurso contrário à busca de soberania na política energética do Brasil, especialmente no setor de petróleo e gás. Em segundo lugar, acusou a tentativa de “blindar o fracasso das privatizações” sob a justificativa de medidas modernas e eficientes.
Paulo Pimenta é responsável pela distribuição de verbas de publicidade do governo federal, um montante que alcança bilhões de reais, abrangendo não apenas a administração direta, mas também a indireta, incluindo empresas estatais.
Além disso, o ministro da Secom é pré-candidato a governador do Rio Grande do Sul em 2026.
A recente retomada das obras na Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, destacou-se nos jornais, reacendendo a série de escândalos revelados pela Operação Lava Jato.
O presidente Lula, em sua crítica à Lava Jato durante a retomada de investimentos na refinaria, afirmou que os escândalos foram resultado de uma “mancomunação entre alguns juízes desse país e alguns procuradores desse país subordinados ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos”.
Ele ainda ressaltou que os críticos da Petrobras nunca aceitaram o país ter uma empresa tão forte.
Após essa declaração, a imprensa começou a republicar e relembrar os eventos da Lava Jato, o que desagradou Paulo Pimenta.
Ele acusou os veículos de comunicação de serem “porta-vozes do grande capital financeiro e especulativo” e de representarem a voz do capital que financia suas atividades, exigindo defesa “diante do indefensável”.
O ministro destacou que esses veículos lucram com governos e estados fracos, se beneficiando da apropriação do patrimônio do povo para prestação de serviços de baixa qualidade.
Ele apontou os editoriais e comentaristas como representantes dessa voz capitalista que busca defender seus interesses.