
MARANHÃO, 04 de dezembro de 2025 – O Maranhão registrou o menor rendimento médio mensal entre todos os estados brasileiros em 2024, com R$ 2.051, de acordo com a Síntese de Indicadores Sociais do IBGE.
A média nacional de todas as fontes de rendimento alcançou um recorde de R$ 2.208 na série histórica iniciada em 2012. Os dados divulgados nesta quarta mostram que o povo do Maranhão ganha menos da metade da média do Distrito Federal, unidade com a maior renda (R$ 5.037).
O estado do Ceará aparece com valor similar, de R$ 2.053, também entre os mais baixos. Em contraste, São Paulo tem uma média de R$ 3.884.
O estudo também evidencia profundas disparidades de rendimento por gênero e raça no Brasil. Em 2024, os homens receberam, em média, 27,2% a mais que as mulheres. Além disso, pessoas brancas tiveram um rendimento por hora 65,9% superior ao de pessoas pretas ou pardas.
Essa desigualdade permanece mesmo entre trabalhadores com ensino superior completo, onde brancos ganham 44,6% a mais.
As dificuldades no mercado de trabalho atingem as mulheres de forma mais intensa. Apenas 49,1% delas estavam ocupadas em 2024, contra 68,8% dos homens. Quando empregadas, as mulheres recebem, em média, 78,6% do rendimento masculino.
Em setores como comércio e serviços, essa proporção cai para 63,8%, destacando a segmentação e a desvalorização.
A análise por grupos ocupacionais revela um abismo nos valores. Diretores e gerentes tiveram um rendimento médio nacional de R$ 8.721. Por outro lado, ocupações elementares, de baixa qualificação, registraram apenas R$ 1.454, valor muito abaixo da média do país.
Trabalhadores do comércio (R$ 2.393), operadores de máquinas (R$ 2.657) e da agropecuária (R$ 2.250) também figuram abaixo da média nacional.







