
BRASÍLIA, 14 de setembro de 2023 – A pesquisa “Demografia Médica no Brasil 2023” (DMB), conduzida pela Faculdade de Medicina da USP em colaboração com a Associação Médica Brasileira (AMB), revelou dados atualizados sobre a oferta e distribuição de médicos no país, levando em consideração as novas informações populacionais do IBGE apresentadas no Censo 2022.
Uma das conclusões alarmantes do estudo é que o estado do Maranhão assumiu a posição de menor densidade médica do país, com apenas 1,17 médico para cada 1.000 habitantes. Anteriormente, essa posição era ocupada pelo estado do Pará. Essa mudança representa um desafio significativo no acesso à assistência médica na região maranhense.

Os dados atualizados do IBGE de 2022 revelaram que a taxa de médicos por 1.000 habitantes diminuiu não apenas no Maranhão, mas também em outros três estados: Amapá, Mato Grosso e Santa Catarina.
O Brasil como um todo conta com 545.767 médicos, o que representa uma densidade médica de 2,69 profissionais para cada 1.000 habitantes, considerando os novos números do censo do IBGE. Com essa taxa, o Brasil se aproxima da densidade médica de países como Estados Unidos, Japão, Canadá e Chile. No entanto, ainda permanece abaixo da média dos países membros da OCDE, que é de 3,7 médicos por 1.000 habitantes. O Distrito Federal superou a marca de seis médicos por 1.000 habitantes, tornando-se a região com a maior densidade médica do país. Em seguida, vêm Rio de Janeiro (4,19) e São Paulo (3,57).

No contexto das capitais, São Luís registrou uma posição relativamente melhor, com quase cinco médicos por 1.000 habitantes, totalizando 4,72. Isso a colocou à frente de outras quatro capitais: Rio Branco (3,01), Manaus (2,77), Boa Vista (2,68) e Macapá (2,21).