
MARANHÃO, 05 de março de 2025 – O Maranhão permanece como o estado com o menor rendimento domiciliar per capita do país, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2024, o valor médio no estado foi de R$ 1.077 por pessoa, o mais baixo entre as unidades da federação. No extremo oposto, o Distrito Federal registrou o maior rendimento, com R$ 3.444 mensais por habitante.
A diferença entre os dois estados é significativa: a renda per capita do Maranhão equivale a apenas 31,3% da verificada no Distrito Federal. Em nível nacional, o rendimento médio foi de R$ 2.069, um aumento nominal de 9,3% em relação a 2023, quando o valor era de R$ 1.893.
Os dados são baseados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), que considera rendimentos de trabalho e outras fontes.
O governo federal ampliou programas sociais, como o Bolsa Família, que contribuíram para o aumento dos rendimentos domiciliares. O Maranhão, estado com o maior número de beneficiários do programa, viu sua renda per capita subir de R$ 945 em 2023 para R$ 1.077 em 2024.
Apesar do crescimento, o estado continua na última posição do ranking nacional.
METODOLOGIA E CONTEXTO HISTÓRICO
O cálculo do rendimento domiciliar per capita considera o total de rendimentos brutos de trabalho e outras fontes, dividido pelo número de moradores. A PNAD Contínua, realizada desde 2012, enfrentou desafios durante a pandemia de COVID-19, com quedas nas taxas de aproveitamento das entrevistas em 2020 e 2021.
A partir de 2023, com a retomada dos níveis pré-pandemia, o IBGE voltou a utilizar dados da primeira visita aos domicílios para os cálculos anuais.
Além do Maranhão e do Distrito Federal, outros estados também apresentaram variações significativas. Enquanto Roraima registrou R$ 1.538, Santa Catarina e Rio Grande do Sul tiveram rendimentos próximos a R$ 2.600.
A desigualdade regional reflete desafios estruturais e econômicos que ainda persistem no país.