MARANHÃO, 26 de outubro de 2024 – O Brasil registra, nesta sexta (25), mais de 1,2 mil focos de queimadas, conforme o sistema BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O Maranhão aparece no topo, com 230 focos ativos, seguido de Mato Grosso do Sul, com 203, e Mato Grosso, com 136.
Segundo o Inpe, a caatinga concentra 25,3% das queimadas no país. Além disso, cinco dos seis biomas brasileiros foram afetados, sendo o Pantanal o segundo mais impactado, com 317 focos, representando cerca de 25% do total.
Em agosto de 2024, o Brasil alcançou o pior índice de queimadas em 14 anos, com 68,6 mil ocorrências, a 5ª maior da série histórica desde 1998. A situação continuou a piorar em setembro, que registrou 83,1 mil focos, tornando-se o mês mais crítico de 2024.
Este foi também o setembro com maior número de queimadas desde 2010. Em comparação a 2023, quando houve 46,4 mil focos em setembro, o aumento foi de 78,74%.
Outubro, tradicionalmente um dos meses com maior número de focos, acumula 26,3 mil incêndios, contribuindo para um total anual de 236,5 mil ocorrências. Além disso, o país enfrenta a pior seca em 75 anos, conforme dados do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
A estiagem extrema deste ano, combinada com ondas de calor e a redução de frentes frias, tem agravado os incêndios em várias regiões.
Além disso, a seca começou antes do previsto em algumas áreas, contribuindo para o aumento dos focos.