De acordo com o Ministério Público do Trabalho (MPT), o Maranhão é um dos maiores fornecedores de mão de obra escrava no Brasil. Dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostram dos mais de 55 mil trabalhadores que foram libertados de condições análogas à escravidão no Brasil, entre os anos de 1995 e 2020, 22% são maranhenses.
Normalmente, são homens migrantes internos ou externos, que possuem entre 18 e 44 anos, sendo 33% deles analfabetos. Em busca de oportunidade para tentar mudar a realidade em que vivem ou atraídos por falsas promessas, eles saem de casa para a região de expansão agropecuária ou para grandes centros urbanos. Segundo o MPT, Pará, São Paulo, Amapá e Tocantins são os principais destinos desses trabalhadores.
Agropecuária é o setor econômico com mais casos de trabalhadores resgatados no Maranhão – sendo 39% deles da criação de bovinos para corte, 22% da fabricação de álcool e 16% do cultivo de arroz.