
BRASIL, 29 de outubro de 2024 – Na eleição municipal de 2024, das 728 mulheres eleitas prefeitas, 82,5% estão associadas a partidos de centro ou direita. O MDB liderou, elegendo 130 prefeitas, seguido pelo PSD, com 104, e o PP, com 89 eleitas.
No segundo turno, 15 mulheres disputaram prefeituras em 13 cidades, com vitórias em cinco: Adriane Lopes (PP), em Campo Grande (MT), com 51,45%; Elizabeth Schmidt (União Brasil), em Ponta Grossa (PR), com 53,72%; Emília Correa (PL), em Aracaju (SE), com 57,46%; Elisa Araújo (PSD), em Uberaba (MG), com 55,60%; e Mirella (PSD), em Olinda (PE), com 51,38%.
Nenhuma candidata de partidos de esquerda foi eleita nesse turno.
No primeiro turno, partidos de direita e centro-direita elegeram 348 prefeitas, o que representa 47,9% do total. Partidos do “centrão” elegeram 251 mulheres, enquanto os de esquerda e centro-esquerda elegeram apenas 129.
Em destaque, Campo Grande teve duas mulheres disputando o segundo turno. Adriane Lopes, reeleita, teve apoio da senadora Tereza Cristina (PP) e, após a eliminação de Beto Pereira (PSDB), que era apoiado por Jair Bolsonaro, recebeu também o suporte do ex-presidente.
Sua adversária, Rose Modesto (União), perdeu por menos de 3%.
MARCAS FEMININAS NAS ELEIÇÕES
Emília Correa, do PL, tornou-se a primeira prefeita de Aracaju. Em celebração, ela comentou nas redes: “Estouramos a bolha, Aracaju!”.
Em Tocantins, Janad Valcari, favorita nas pesquisas, foi derrotada por Eduardo Siqueira (Podemos). Valcari contou com apoio de Bolsonaro, Flávio Bolsonaro e Nikolas Ferreira.
O PL destinou R$ 886 milhões, correspondentes a 17,87% do Fundo Especial de Financiamento de Campanha do TSE, para as campanhas municipais.
Nas eleições de 2024, 15,2% dos candidatos à prefeitura eram mulheres, mas o número de eleitas foi menor, representando apenas 13,2%. No legislativo, a representação feminina alcançou 35%, próximo da cota eleitoral de 30%.