
BRASÍLIA, 07 de maio de 2025 – As contas de luz ficarão mais caras em maio. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou o uso da bandeira amarela, que impõe cobrança adicional de R$ 1,88 para cada 100 kWh consumidos.
A medida encerra um ciclo de cinco meses com bandeira verde, quando não havia custos extras para os consumidores. A mudança foi motivada pela transição do período chuvoso para o seco, o que afetou a geração de energia em hidrelétricas.
As bandeiras tarifárias funcionam como um termômetro da geração de energia. Em condições hídricas favoráveis, a bandeira verde é acionada. Já a amarela, vermelha patamar 1 ou patamar 2 indicam níveis crescentes de escassez e, consequentemente, de custo.
Com a previsão de chuvas abaixo da média nos próximos meses, a Aneel justificou o uso da bandeira amarela. Isso se traduz em contas de luz mais caras. Um consumidor que utiliza 200 kWh, por exemplo, pagará R$ 3,76 a mais neste mês.
Segundo a Aneel, o fim do regime de chuvas piorou a estimativa de geração de energia pelas hidrelétricas. Para suprir a demanda, será necessário acionar usinas termelétricas, cuja operação é mais cara. Isso pressiona o orçamento das famílias e compromete o custo da energia.
A agência alertou que, com a piora das condições hídricas, há risco de novos aumentos nos próximos meses. A bandeira vermelha, com custos ainda mais altos, poderá ser adotada se os reservatórios continuarem com baixa vazão.
Saiba o que significa cada bandeira:
- Verde – Condições favoráveis; não há cobrança extra.
- Amarela – Escassez hídrica moderada; acréscimo de R$ 1,88 a cada 100 kWh.
- Vermelha patamar 1 e 2 – Escassez severa; custos elevados, definidos conforme o nível crítico.