VENEZUELA, 10 de janeiro de 2025 – Nicolás Maduro foi empossado nesta sexta (10) para um terceiro mandato como ditador da Venezuela, mantendo o chavismo no poder até o final de 2030. A cerimônia ocorreu na Assembleia Nacional da Venezuela, em Caracas, e reuniu autoridades locais e estrangeiras.
Ao prestar juramento, Maduro prometeu um regime marcado por “paz, prosperidade e uma nova democracia”. Em discurso, exaltou a sua retórica anti-imperialista e disse, outras coisas, que sua vitória veio “da vontade popular”.
“Eu não fui eleito pelo governo dos Estados Unidos, nem pela oligarquia. Venho do povo, sou do povo, e meu poder emana da história e do povo, e ao povo devo minha vida completa”, declarou.
Desde as eleições de julho de 2024, a legitimidade da vitória de Maduro tem sido questionada. A oposição e grande parte da comunidade internacional acusam o governo de não apresentar atas eleitorais que comprovem os resultados das urnas.
Diante das críticas, Maduro adotou medidas antidemocráticas, como o rompimento de relações diplomáticas com países que contestaram sua vitória e a prisão de estrangeiros, acusados de serem mercenários.
A repressão à oposição também se intensificou nos últimos meses. Edmundo González, adversário de Maduro nas eleições, buscou asilo político na Espanha após ser alvo de uma ordem de prisão. Dias antes da posse, o governo ofereceu uma recompensa de US$ 100 mil pela captura do ex-embaixador.
Outro caso recente foi a detenção de María Corina Machado, opositora de Maduro, em Caracas. Ela foi liberada após cerca de uma hora, mas o episódio gerou críticas da comunidade internacional.
Segundo a Missão Internacional Independente de Investigação da ONU, mais de 1,8 mil pessoas estão presas na Venezuela por motivos políticos. A repressão, que aumentou desde as eleições de 2024, foi apontada como um dos mecanismos de controle do regime chavista.