BRASÍLIA, 16 de setembro de 2024 – O presidente Lula recebeu 2,3 mil presentes nos primeiros 18 meses de seu terceiro mandato. Os itens, vindos de governos, artistas e cidadãos, variam entre canetas, esculturas e até um violão assinado por Chris Martin, da banda Coldplay.
Entre os presentes, destacam-se objetos enviados por países árabes, como um relógio de mesa dos Emirados Árabes Unidos, similar ao recebido por Jair Bolsonaro.
O governo Lula, no entanto, afirmou que, diferente do relógio cravejado de diamantes de Bolsonaro, o atual presente não possui luxo e será incorporado ao patrimônio público.
Além do relógio, Lula recebeu uma “caixa de tâmaras” do mesmo país. Outros presentes vieram de países como Finlândia, que enviou um relógio, e de nações como Colômbia, Arábia Saudita e Venezuela, que enviaram esculturas.
A China, maior parceiro comercial do Brasil, foi o país que mais contribuiu, oferecendo itens como um quimono, miniaturas de carros e navios e um conjunto de chá.
Lula e sua esposa, Rosângela da Silva, conhecida como Janja, também receberam um violão assinado por todos os integrantes da banda Coldplay, presenteado por Chris Martin.
A destinação oficial do violão ainda não foi definida, segundo o governo. De acordo com a legislação vigente, a definição dos itens que farão parte do acervo privado ocorrerá até o final do mandato presidencial.
Mais da metade dos presentes recebidos pelo presidente Lula veio de cidadãos brasileiros, que enviam itens ao Palácio do Planalto ou os entregam diretamente à comitiva presidencial.
Os presentes incluem bandeiras, bonecos, camisetas, redes de dormir e até cachaça. Fã de futebol, Lula também ganhou 27 camisas de clubes, como Internacional, Santos e Palmeiras.
A questão dos presentes dados a presidentes tornou-se um tema de polêmica após a revelação de que Bolsonaro recebeu joias da Arábia Saudita. A Polícia Federal indiciou o ex-presidente por suposta tentativa de desvio de itens avaliados em R$ 6,8 milhões.
O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu recentemente que Lula poderia manter um relógio recebido em 2005, o que reacendeu o debate sobre os presentes recebidos por presidentes.