INSEGURANÇA ALIMENTAR

Lula deve afrouxar fiscalização sanitária de alimentos

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Lula fiscalização
Lula avalia flexibilizar fiscalização sanitária para conter alta dos alimentos. Medida visa reduzir burocracia, mas gera preocupação com segurança alimentar.

BRASÍLIA, 7 de março de 2025 – O presidente Lula (PT) deve anunciar um pacote de medidas para reduzir os preços dos alimentos, segundo informações da revista Exame.

A proposta inclui a flexibilização da fiscalização sanitária, permitindo a circulação interestadual de produtos sem a necessidade de inspeção pelos sistemas tradicionais (SIM, SISB e SIF). O objetivo é facilitar o comércio e ampliar a oferta de alimentos.

IMPACTO NA SEGURANÇA ALIMENTAR

A possível mudança na fiscalização gera preocupação entre especialistas e setores da sociedade, que alertam para riscos na qualidade e segurança dos produtos. A inspeção sanitária é considerada fundamental para garantir higiene e evitar contaminações na cadeia produtiva.

Além da flexibilização, o governo estuda implementar o programa Desenrola Rural, que permitirá a renegociação de dívidas de agricultores familiares. O Ministério do Desenvolvimento Agrário informou que os descontos podem chegar a 96% do valor devido, permitindo acesso ao crédito rural pelo Pronaf.

INFLAÇÃO E PERCEPÇÃO PÚBLICA

A alta dos alimentos tem sido apontada como um dos fatores para a queda na popularidade de Lula. Apesar dos esforços do governo para conter a inflação, a percepção popular não acompanha o discurso oficial.

Dados da Quest indicam que a maioria dos entrevistados sente a economia piorando. Em oito estados, mais de 90% das pessoas afirmaram que os preços dos alimentos subiram no último mês.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo IBGE, mostra que a inflação dos alimentos atingiu 7,69% em 2024, acima da taxa geral de 4,83%. O grupo de Alimentação e Bebidas contribuiu com 1,63 ponto percentual para a alta.

As carnes, item central nas promessas de campanha de Lula, registraram aumento de 20,84% no ano, impactando a inflação em 0,52 ponto percentual. Em São Paulo, a inflação acumulada dos alimentos chegou a 10%, enquanto em Salvador foi de 5,84%. Mesmo com diferenças regionais, 95% dos consumidores relataram aumento nos preços no último mês.

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