MARANHÃO, 30 de abril de 2025 – O deputado estadual Carlos Lula (PSB) utilizou a tribuna da Assembleia Legislativa nesta semana para chamar atenção ao desempenho dos alunos maranhenses nas avaliações nacionais.
Segundo ele, os dados mais recentes do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) confirmam o que muitos já desconfiavam: o domínio dos conteúdos básicos segue sendo um desafio persistente no estado.
De acordo com levantamento do Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede), 59% dos estudantes da rede pública estadual do Maranhão não demonstram conhecimento suficiente em Matemática. Em Português, o cenário também inspira cuidados, com 56% dos alunos apresentando desempenho abaixo do esperado.
Mesmo com mensalidades e estruturas diferenciadas, as escolas particulares do estado também enfrentam dificuldades. O levantamento indica que 30% dos estudantes da rede privada saem do ensino médio sem domínio dos fundamentos em Matemática — um dado que relativiza a crença de que basta pagar para aprender.
“Estamos falando de alunos que têm dificuldade para medir uma área, resolver operações simples de porcentagem ou interpretar um problema matemático. E o mais grave: nem mesmo a rede privada escapa”, apontou Carlos Lula.
Embora o problema atinja o país inteiro, o parlamentar reforçou que o Maranhão precisa agir com celeridade. Para ele, é necessário ir além da ampliação da estrutura física das escolas.
“Precisamos investir na formação dos professores, principalmente em áreas como Matemática, Física e Química. Também é preciso rever os métodos de ensino e garantir que nossos alunos avancem com base no que aprenderam — não apenas no calendário escolar”, defendeu.
Carlos Lula propôs a construção de um pacto estadual pela Educação, envolvendo tanto a rede pública quanto a iniciativa privada. O objetivo seria estabelecer metas concretas, com foco na formação continuada de professores, atualização dos currículos escolares e adoção de metodologias de ensino mais eficazes.
Por fim, o deputado afirmou esperar que a Educação se torne uma prioridade real nas eleições de 2026, e não apenas um ponto de apoio retórico. “Precisamos de um novo olhar para nossa educação. Isso envolve o governo, os municípios, a iniciativa privada e a sociedade como um todo”, finalizou.
A pauta Educação, é bem complicada, uma linha tênue; alguns professores, até são realmente interessados no aprendizado de seus alunos, enquanto outros (professores), fingem não olhar a dificuldade deles (alunos), e só empurram para outras séries com o consentimento da direção da escola para ter o tal “reconhecimento”, status, de aprovações dentro da escola e mascarando resultados de vestibulares.