BRASÍLIA, 13 de julho de 2023 – O presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), afirmou que não criará dificuldades para a adesão de membros do partido ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ao mesmo tempo, Nogueira garantiu que seu partido permanecerá formalmente fora da base de apoio ao governo.
“Eu garanto que o PP não fará parte do governo. Eu reconheço que há uma parte do meu partido que deseja participar do governo, especialmente pessoas do Nordeste. Eu tenho todo o respeito por [Arthur] Lira. Assim como ele comanda a Câmara, eu me retirei para não desautorizá-lo. No entanto, sou eu quem comanda o partido”, afirmou em entrevista ao Valor Econômico publicada nesta quarta (12).
Nogueira afirmou que se o governo quiser nomear membros do partido para cargos, isso será feito pensando apenas na Câmara. “Eu considero isso legítimo. O governo precisa ter uma base, o que ele atualmente não tem. Eu posso até não interferir se essas pessoas desejarem participar do governo, desde que não envolvam o partido, desde que não prometam o partido”, pontuou.
O senador afirmou que nutre um afeto recíproco por Lula, mas disse que não conversa e não pretende conversar com o ex-presidente. “Eu sei que Lula gosta de mim e eu gosto dele. Lula me chama de ‘Cirinho’. É uma pessoa que eu gosto. Eu tinha uma relação política com Dilma, mas não tenho com Lula. Eu sei que ele gosta de mim e eu gosto dele. Ele pensa: ‘Ciro esteve no governo de todos, menos no meu’. Ele não aceita isso. Mas eu não posso fazer isso. Seria magoar o presidente Bolsonaro de uma forma, e eu não vou fazer isso”, declarou.
Na oportunidade, o líder do PP falou sobre Reforma Tributária, apoio a Tarcísio, Ricardo Salles, Vice-Presidência da República, erros de Bolsonaro, Rodrigo Pacheco, André Fufuca, Gilberto Occhi e Banco Central.