BRASÍLIA, 16 de janeiro de 2024 – Enquanto vândalos que depredaram Brasília no dia 8 de janeiro amargam as mais rigorosas punições dentro, e fora, da lei, traficantes seguem contando com a compaixão do Judiciário nacional. A ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Daniela Teixeira, mandou soltar Elvis Riola de Andrade, condenado pelo assassinato de um policial e apontado como sendo um dos líderes da maior facção criminosa do país. A soltura aconteceu após o criminoso ser preso na Bolívia usando documentos falsos.
A compaixão do Judiciário já pode ser observada antes mesmo de sua soltura neste ano. Cantor, como é conhecido, foi julgado em 2021 por um crime que aconteceu em 2009. Após o julgamento, recorreu da pena em liberdade. Insatisfeito com a punição pela condenação, o Ministério Público acionou a Justiça contra a decisão e a punição foi aumentada para 16 anos em regime fechado. Foi quando Cantor decidiu fugir.
O bandido foi encontrado e preso na Bolívia por usar documentos falsos no último dia 10 de janeiro. Deportado para o Brasil, ele foi colocado em liberdade por decisão de Daniela Teixeira.
Em sua decisão absurda, Daniela Teixeira citou o direito à presunção de inocência do acusado. “Ao preservar a presunção de inocência e permitir que os indivíduos aguardem o desfecho de seus processos em liberdade, promovemos uma abordagem mais justa e equitativa, fortalecendo, assim, a confiança na justiça e o respeito aos direitos humanos”, disse.
O MP recorreu da decisão de Daniela Teixeira no próprio STJ, mas o pedido foi negado. A presidente da Corte, ministra Maria Thereza de Assis Moura, confirmou a soltura do assassino de policiais.
Indicada de Lula para o STJ
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicou a então advogada Daniela Teixeira para ocupar o cargo de ministra do STJ em agosto do ano passado. Daniela era o nome preferido do PT para ocupar o cargo. O grupo de advogados chamado Prerrogativas, formado por advogados contra a Lava Jato, apoiou Daniela abertamente.