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Justiça Federal determina soltura de dono do Banco Master

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Decisão do TRF-1 autorizou a saída de dono do Banco Master da prisão após 11 dias com tornozeleira eletrônica, restrições de contato e deslocamento.

SÃO PAULO, 28 de novembro de 2025 – A Justiça Federal determinou, na noite de 28 de novembro, a soltura de Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, após onze dias de prisão em São Paulo.

A decisão da desembargadora Solange Salgado, do TRF-1, ocorreu durante a Operação Compliance Zero, que investiga emissão de títulos falsos e crimes financeiros. O executivo deixou o sistema prisional com obrigação de usar tornozeleira e entregar o passaporte, além de evitar contato com outros investigados.

Além disso, a magistrada estendeu a decisão a quatro executivos do Banco Master, que também estavam presos desde a deflagração da operação. Entre eles estão Alberto Felix de Oliveira Neto, Ângelo Antônio Ribeiro da Silva, Augusto Ferreira Lima e Luiz Antônio Bull.

A desembargadora afirmou que medidas cautelares robustas são suficientes para garantir a ordem econômica e evitar riscos de fuga.

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SOLTURA APÓS NEGATIVAS ANTERIORES

A libertação de Vorcaro ocorreu após recusas anteriores da mesma magistrada, que havia apontado risco concreto para manter a prisão. No dia 24, o empresário havia sido transferido da sede da Polícia Federal em São Paulo para o Centro de Detenção Provisória 2, em Guarulhos.

Os advogados afirmaram que a mudança oferecia risco à integridade física do banqueiro.

A prisão ocorreu no Aeroporto Internacional de Guarulhos, quando Vorcaro tentava embarcar para os Emirados Árabes Unidos. Ele declarou que viajaria para tratar da possível venda do Banco Master ao Grupo Fictor. A viagem, segundo a defesa, estava relacionada a negociações comerciais para a instituição financeira.

INTERVENÇÃO DO BANCO CENTRAL

A Operação Compliance Zero motivou intervenção imediata do Banco Central, que liquidou extrajudicialmente o Banco Master. A medida encerrou as atividades da instituição, declarou vencimento de dívidas e transferiu a um interventor a responsabilidade por vender bens e recuperar créditos.

A liquidação envolve ativos estimados em R$ 85 bilhões, configurando a maior intervenção da história do BC.

Meses antes, o Banco Central havia impedido a venda do Banco Master ao Banco de Brasília por R$ 3,5 bilhões. A decisão ocorreu durante análises regulatórias. Após a prisão de Vorcaro, o caso ganhou repercussão política, com pedidos de investigação no TCU, na Procuradoria-Geral da República e no Senado.

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