BRASÍLIA, 12 de dezembro de 2024 – O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, é apontado como um dos possíveis excluídos na reforma ministerial prevista pelo Governo Lula para fevereiro de 2024. A permanência de Juscelino no cargo está ameaçada devido à instabilidade interna no União Brasil, partido que enfrenta divisões significativas em sua liderança.
Desde o início do governo, Juscelino tem sido alvo de críticas dentro e fora do União Brasil. A pressão por resultados concretos que justifiquem a presença do partido na Esplanada se intensifica em meio aos novos realinhamentos políticos voltados às eleições de 2026.
O cenário é agravado pela aposta do União Brasil na candidatura de Ronaldo Caiado à Presidência da República. Apesar da recente condenação que torna o governador de Goiás inelegível, o partido continua considerando Caiado como uma opção viável à direita moderada.
O governo Lula, por sua vez, planeja uma reforma ministerial com foco estratégico em 2026. A meta é fortalecer o apoio à reeleição do presidente, recompensando legendas alinhadas ao projeto. Nesse contexto, lideranças do PT já indicaram que a manutenção dos ministérios ocupados pelo União Brasil está sob avaliação.
Enquanto o Ministério do Desenvolvimento Regional, liderado por Waldez Góes, é tratado como uma pasta estratégica e inegociável devido ao peso político de Davi Alcolumbre, a situação de Juscelino Filho (Comunicações) e Celso Sabino (Turismo) é menos estável.
Ambos podem ser reconduzidos à Câmara dos Deputados caso percam suas posições no Executivo.