
SÃO LUÍS, 22 de maio de 2025 – Manoel Mariano de Sousa Filho, conhecido como Júnior do Nenzim, foi condenado nesta quinta (22) a 16 anos de prisão em regime fechado pela morte do próprio pai, o ex-prefeito de Barra do Corda, Manoel Mariano de Sousa, o Nenzim. O crime ocorreu em dezembro de 2017.
O julgamento aconteceu no Fórum Desembargador Sarney Costa, em São Luís, e se estendeu até 1h30 da madrugada. O Ministério Público do Maranhão solicitou a realização na capital por temer interferências políticas no processo judicial.
Durante o júri, sete testemunhas prestaram depoimento. O réu foi interrogado por quase duas horas, negando envolvimento no crime. A defesa contestou a legalidade da investigação e a coleta de provas, enquanto a Promotoria sustentou que as evidências são consistentes.
O promotor Raimundo Benedito destacou que a perícia apontou um disparo a curta distância, cerca de 20 centímetros da vítima. Segundo ele, pai e filho estavam sozinhos no local do crime, o que reforça a tese da acusação.
Com o fim do julgamento, a Justiça determinou o imediato cumprimento da pena. Júnior do Nenzim foi encaminhado ao Complexo Penitenciário de Pedrinhas, onde cumprirá a sentença sem direito a recorrer em liberdade.
As investigações indicaram que o filho desviava cabeças de gado do pai para pagar dívidas com agiotas. Para evitar represálias e encobrir os desvios, ele teria planejado o assassinato.
O júri popular inicialmente ocorreria em 9 de outubro de 2023, mas foi adiado para incluir o julgamento do vaqueiro Luzivan Rodrigues da Conceição Nunes, suspeito de ser o autor dos disparos.
O Ministério Público solicitou o desmembramento, e Luzivan será julgado em 9 de julho.