
MARANHÃO, 27 de novembro de 2025 – O juiz Isaac Diego Vieira de Sousa e Silva retirou o sigilo do mandado de prisão preventiva contra Hayldon Maia de Brito nesta quarta (26), em Imperatriz, porque a ordem sigilosa vazou nas redes sociais e em blogs locais, o que, segundo ele, favoreceu a fuga do investigado.
O magistrado afirmou que a divulgação irregular ocorreu após o despacho ainda sigiloso ser publicado por agentes políticos e veículos locais. Além disso, o vídeo que mostrou o agressor atacando a companheira foi gravado pelo filho de 14 anos e encaminhado à polícia.
Com o sigilo removido, o processo passou a tramitar publicamente, e a polícia tenta localizar Hayldon Maia de Brito. Além disso, o juiz classificou a divulgação como “irresponsável” e motivada por tentativa de projeção pessoal.
“Houve indevida e absolutamente irresponsável divulgação, em redes sociais e meios de comunicação locais, do processo deste Juízo que decretou a prisão preventiva do investigado, divulgação esta realizada inclusive por agentes políticos, em evidente tentativa de obter vantagem e projeção pessoal”, afirmou o juiz.
A publicação do deputado Carlos Lula ocorreu na terça (25), quando ele anunciou a existência do mandado de prisão ainda em execução. Sendo assim, a exposição antecipada alertou o investigado e afetou o trabalho das forças de segurança.

Apesar das imagens mostrarem Hayldon enforcando a companheira, ela afirmou nas redes sociais que não sofreu agressão. Além disso, relatou que o marido realizava uma intervenção contra suposta feitiçaria que teria a intenção de separá-los.
O acusado chegou a ser preso em flagrante dentro de casa enquanto atacava a esposa. No entanto, ele foi solto no dia seguinte, durante audiência de custódia, após manifestação do Ministério Público favorável à liberação.
O histórico criminal de Hayldon inclui condenação por homicídio praticado em 2012. Por isso, após a repercussão do caso, o Ministério Público pediu nova prisão preventiva na segunda-feira, medida concedida pelo Judiciário quando o investigado já havia fugido.







