BRASÍLIA, 16 de maio de 2024 – A mulher do presidente Lula, Janja Lula da Silva, deu a entender em entrevista concedida nesta semana que não disputa cargo público por falta de vontade. “Sempre fui uma pessoa ativa na política, mas muito dos bastidores“, disse. A informação é falsa. Mesmo se quisesse, a primeira-dama seria impedida de disputar eleição. Desta forma, não é a vontade que determina a não participação em eleições, mas a Constituição.
A primeira-dama ainda afirmou, como justificativa de sua não eleição, a falta de atração por cargos. “Talvez eu não tenha muita paciência“.
“Não (sobre a disputa de cargos), eu sempre fui uma profissional, uma pessoa ativa na política, mas eu sempre fui muito de bastidor”, completou Janja.
O inciso 7º do 14ºartigo da Constituição são expressamente proibitivos em relação a uma possível tentativa de candidatura de Janja.
“São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição”.
Desta forma, de acordo com a Constituição, a mulher de Lula é inelegível para qualquer cargo público em todo o Brasil. A menos que ela já fosse titular de mandato eletivo antes da eleição de 2022, o que não é o caso.
A primeira-dama Janja mente ao ocultar a razão real pela qual não pode disputar eleições e coloca sua vontade como determinante para tanto. e esteja se candidatando à reeleição.