
BRASIL, 21 de novembro de 2025 – O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) acumula 2,8 milhões de benefícios previdenciários sem resposta, a maior fila da história da autarquia. Desse total, metade corresponde a pedidos de auxílio por incapacidade temporária, enquanto o Benefício de Prestação Continuada tem 897 mil solicitações pendentes.
O INSS atribui o gargalo principalmente à dependência de perícias médicas, atualizações de sistema e da biometria.
A espera por benefícios previdenciários atinge casos como o de Danice Matheus de Oliveira, que solicitou aposentadoria por invalidez em 2020 e ainda aguarda resposta.
Enquanto isso, novos pedidos cresceram 23% de janeiro até agora, com média mensal superior a 1,3 milhão de solicitações. O tempo médio de espera no BPC chega a 193 dias, com parte dos processos parados desde junho.
O presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, anunciou a convocação de 500 novos peritos para aliviar a demanda. Além disso, a partir de sexta (21) tornou-se obrigatória a biometria para novos pedidos de aposentadoria.
Para outros benefícios previdenciários, como pensão por morte e auxílio-doença, o governo adiou a exigência para maio de 2026.
A autarquia identificou que a maior concentração de atrasos nos benefícios previdenciários está na região Nordeste. Servidores de outras regiões devem auxiliar na análise dos processos para reduzir o acumulo.







