
MARANHÃO, 5 de agosto de 2025 – A construção da nova Ponte Juscelino Kubitschek, que liga Maranhão e Tocantins, foi interrompida nesta terça (5) após operários entrarem em greve. Eles denunciam irregularidades no pagamento e más condições de trabalho.
Segundo os trabalhadores, o Consórcio Ponte de Estreito, responsável pela execução da obra, não vem cumprindo obrigações trabalhistas. Relatórios apresentam inconsistências de jornada, ausência de pagamento de horas extras e adicional de insalubridade.
“Trabalhamos sob sol forte, com riscos, recebendo apenas R$ 1.500. É injusto”, disse um carpinteiro. De acordo com os grevistas, o valor está abaixo do que é compatível com as exigências físicas da função.
A paralisação ameaça o prazo de entrega da ponte, previsto para dezembro. A estrutura é considerada vital para o escoamento da produção agrícola e para a mobilidade entre os dois estados. O consórcio ainda não se pronunciou.
A mobilização deve atrair a atuação do Ministério Público do Trabalho (MPT) e dos sindicatos, que já articulam medidas legais para garantir os direitos dos operários e responsabilizar a empresa.
A ponte atual desabou em 22 de dezembro de 2024, provocando 14 mortes e deixando três pessoas desaparecidas. Desde então, a construção da nova estrutura é aguardada com urgência por moradores e motoristas da região.







