MARANHÃO, 11 de junho de 2024 – A demora pelo fim da greve de professores e técnicos administrativos de universidades e institutos federais tem causado impactos importantes na vida dos alunos — mesmo entre aqueles que entendem os objetivos do movimento.
A paralisação de 57 dias dos docentes e de 92 dos demais profissionais tem repercutido em questões que vão desde o atraso da conclusão dos cursos como a riscos de perdas de prazo para a obtenção de bolsas de pesquisa.
O Ministério da Gestão e Inovação no Serviço Público fez nova proposta para chegar a um acordo com os técnicos. A categoria foi atendida em alguns pedidos — como aumento salarial com progressão na carreira — e vai avaliar o acordo e, consequentemente, a manutenção da greve.
O reajuste proposto é de 31% até o final de 2026. Na sexta, o encontro será com os professores.
Em nota, o Ministério da Educação afirma que estará sempre aberto ao diálogo, franco e respeitoso, pela valorização dos servidores. Na segunda-feira, Camilo e Lula anunciaram investimentos de R$ 5,5 bilhões nas universidades e recomposição de R$ 279 milhões no custeio para este ano em aceno aos grevistas.
Gustavo Seferian, presidente do sindicato de docentes, afirmou que os avanços no custeio “não foram significativos” e que essa verba é indispensável às “condições elementares aos estudantes para o bom empenho de suas atividades”.