
BRASÍLIA, 10 de março de 2025 – O governo Lula pode gastar até R$ 3,5 bilhões com publicidade em 2025, segundo projeções baseadas em licitações em andamento. O valor inclui contratos de ministérios, bancos públicos e estatais, como Correios, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
O aumento ocorre em um momento em que o presidente busca reverter a queda em sua popularidade e ampliar a divulgação de programas sociais, como o Pé-de-Meia, do Ministério da Educação, e o Mais Acesso a Especialistas, do Ministério da Saúde.
A Secretaria de Comunicação Social (Secom), que teve sua liderança substituída em janeiro após críticas públicas de Lula, é uma das principais responsáveis pela gestão dos contratos.
Os órgãos federais justificam o aumento dos investimentos em publicidade como uma forma de melhorar a transparência e informar a população sobre políticas públicas.
PRINCIPAIS CONTRATOS EM LICITAÇÃO
Entre as licitações em andamento, quatro se destacam, somando cerca de R$ 700 milhões. A maior delas é a dos Correios, avaliada em R$ 380 milhões, que busca reposicionar sua marca no mercado de encomendas.
Outros contratos relevantes incluem o do Banco do Brasil (R$ 750 milhões), da Secom (R$ 562,5 milhões) e da Caixa (R$ 468,1 milhões). Já a Infraero tem o menor valor previsto, com R$ 7 milhões anuais.
COMPARAÇÃO COM O GOVERNO BOLSONARO
No final do governo de Jair Bolsonaro, os gastos com publicidade somavam aproximadamente R$ 2,5 bilhões, ajustados pela inflação. Esse valor incluía empresas como Eletrobras e Chesf, privatizadas em 2022. Os valores atuais são estimativas e podem variar conforme a execução dos planos de propaganda.
Por exemplo, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social reservou R$ 90,3 milhões para 2024, embora o contrato permita gastos de até R$ 120 milhões anuais.