amapá, 18 de dezembro de 2024 – O Ministério da Saúde desembolsou R$ 998 mil, nos últimos dois anos, para uma empresa suspeita de ser de fachada.
A contratação foi feita emergencialmente para prestar serviços administrativos e de recepção no Distrito Sanitário Especial Indígena Amapá/Norte do Pará. O contrato, que somava R$ 12,8 milhões com validade de 12 meses, foi cancelado após a identificação de irregularidades.
O Tribunal de Contas da União (TCU) apontou indícios de que a empresa contratada, S R de Oliveira, conhecida como Marjo Soluções, seria de fachada.
Fundada em março de 2022, a empresa pertence a Sandra Rodrigues de Oliveira, ex-faxineira e funcionária de outra prestadora de serviços na mesma área, a Gold Serviços Ltda. A sede da empresa fica no bairro de Trem, em Macapá (AP).
A Marjo Soluções contava com apenas quatro funcionários, muito abaixo do exigido no contrato, que previa 131 auxiliares administrativos e 12 recepcionistas. Essa discrepância gerou questionamentos sobre a capacidade operacional da empresa e aumentou as suspeitas sobre sua autenticidade.
O processo licitatório também foi marcado por irregularidades. Das 27 empresas que participaram, 24 foram desclassificadas antes da fase de lances, o que impediu a apresentação de recursos e levantou suspeitas no TCU.
Embora o contrato tenha sido rescindido pelo Ministério da Saúde, o tribunal arquivou o processo inicial, mas abriu uma nova investigação para apurar se a S R de Oliveira era realmente uma empresa de fachada.
Até o momento, o Ministério da Saúde e os representantes da S R de Oliveira não se manifestaram sobre o caso, conforme informações divulgadas pelo portal Metrópoles.