Menu

INDÍGENAS

Governo Lula esconde dados Yanomami desde aumento de mortes

Compartilhe
Lula yanomami
Divulgação periódica de informes epidemiológicos sobre a situação dos indígenas foi interrompida, após repercussão negativa para o governo.

BRASIL, 19 de julho de 2024 – O governo federal parou de divulgar os dados epidemiológicos da Missão Yanomami, desde que a polêmica sobre o aumento de mortes, registrado em 2023, repercutiu negativamente.

O último informe periódico disponível no endereço público, que vinha sendo atualizado até então, é de 22 de fevereiro deste ano, exatamente o mesmo documento que informa o número de óbitos do ano passado.

À época, o total de 363 mortes, 6% a mais do que o registrado em 2022 (343 óbitos), ganhou enorme repercussão, visto que se tratava do primeiro ano de trabalho, na região, dos profissionais e da equipe interministerial enviada pelo governo.

O Ministério da Saúde alegou que havia um contexto de subnotificação nos anos anteriores e que por isso seria temerário comparar os dados. Desde então, há quase cinco meses, a pasta parou de divulgar os números periodicamente.

A Missão Yanomami, que contou com visita in loco do presidente Lula (PT) e alguns ministros do governo, teve início em janeiro do ano passado, quando foi declarada a situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin) e foi instituído o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE-Yanomami) para acompanhar a situação.

Em primeiro momento, os informes sobre a situação epidemiológica dos indígenas foram publicados diariamente. Em seguida, eles passaram a ser semanais e, desde setembro do ano passado, vinham sendo publicados mensalmente. Em fevereiro, no entanto, diante do aumento das mortes em 2023, a divulgação no endereço público foi interrompida.

Sem a divulgação de dados referentes aos últimos meses, é impossível saber qual é o contexto atual da operação federal na terra indígena.

Em resposta ao Metrópoles, o Ministério da Saúde informou que 1.497 profissionais seguem atuando na região, entre médicos, enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas e nutricionistas, e outros 342 de apoio, como administrativos, pilotos e engenheiros.

A reportagem questionou a pasta sobre os dados mais recentes, relacionados ao primeiro semestre deste ano, e a resposta foi a seguinte:

“Sobre os dados, após análise dos óbitos Yanomami divulgados pelo Censo 2023, foram identificadas inconformidades em relação aos registros do Siasi, o Sistema de Informações da Atenção à Saúde Indígena da Sesai”. E continuou: “Sesai e IBGE estão produzindo um inquérito demográfico para esclarecer as diferenças entre os dados e uniformizar a metodologia de contagem. O Ministério da Saúde está comprometido em divulgar todos os dados de saúde da população brasileira, incluindo os indígenas, assegurando a precisão das informações após concluir todos os procedimentos necessários”.

O Ministério informou, ainda, que em abril deste ano foi implementado um novo tratamento para controlar a malária vivax entre os indígenas, chamado Tafenoquina, e que ele tem gerado uma maior adesão por parte da comunidade.

Mais informações em Metrópoles.

Compartilhe

Leia mais

Empréstimos Maranhão

MARANHÃO

Projeto de lei suspende empréstimos rurais por 3 anos no MA
Empréstimos Maranhão

MARANHÃO

Projeto de lei suspende empréstimos rurais por 3 anos no MA

Prefeito comissionados

CARGOS COMISSIONADOS

Prefeito do PSOL em Belém possui mais de 600 assessores
Prefeito comissionados

CARGOS COMISSIONADOS

Prefeito do PSOL em Belém possui mais de 600 assessores

X Twitter

TWITTER

PF vai caçar brasileiros que usaram X durante suspensão
X Twitter

TWITTER

PF vai caçar brasileiros que usaram X durante suspensão

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Propaganda

SEMINARIO DE FILOSOFIA