CONTRATO SUSPEITO

Governo Lula é investigado por renovar com empresa bloqueada

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empresa na mira
Ministérios renovaram acordos com empresa impedida de licitar, totalizando R$ 14,8 milhões, após falha no registro da punição pelo Ministério da Educação (MEC).

BRASÍLIA, 30 de julho de 2025 – O Tribunal de Contas da União (TCU) investiga órgãos do governo federal por renovarem contratos com a AC Segurança LTDA., mesmo após a empresa ter sido impedida de firmar novos acordos com a administração pública.

A apuração, iniciada após denúncia do subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado, aponta que quatro ministérios prorrogaram contratos no valor de R$ 14,8 milhões, mesmo com a sanção vigente.

O Ministério da Educação (MEC) aplicou a punição à empresa em abril, por atrasos salariais, mas não a registrou no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (Sicaf) dentro do prazo legal de 15 dias.

A atualização ocorreu apenas em julho, permitindo que outros ministérios renovassem os contratos. Além disso, o Inep, vinculado ao MEC, multou a AC Segurança em R$ 60 mil por descumprimento contratual.

Entre os órgãos que prorrogaram acordos estão os ministérios da Agricultura, Pesca, Ciência e Tecnologia e Desenvolvimento Social.

O MCTI justificou que a renovação, de R$ 7,76 milhões, ocorreu antes da atualização do Sicaf. Já a Fiocruz havia punido a empresa em fevereiro pelo mesmo motivo. A representação no TCU alerta para risco de lesão aos cofres públicos e pede a anulação das renovações.

A AC Segurança é alvo da Operação Dissímulo, da Polícia Federal, que investiga fraude em licitações. Suspeita-se que a empresa usava “laranjas” e documentos falsos para obter vantagens.

O Inep abriu licitação para substituí-la, mas a própria AC Segurança venceu o pregão, cancelado após a descoberta da sanção.

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