Parece que o Governo Federal não deve ter muito êxito na proteção de indígenas na Terra Indígena Yanomami em Roraima. Uma base federal instalada na aldeia Palimiú foi atacada na madrugada desta quinta (23 de fevereiro). As informações são do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis).
Criminosos armados furaram o bloqueio montado no rio Uraricoera e atirado contra agentes federais que faziam a fiscalização da área. Os agentes revidaram e feriram um dos garimpeiros. Ele foi detido pela Polícia Federal por atacar servidores públicos e estava internado até a noite desta quinta.
“Os criminosos desciam o rio em sete ‘voadeiras’ de 12 metros carregadas de cassiterita. O carregamento de minério roubado da terra indígena foi identificado por drones operados pelo Ibama. Após o ataque, os criminosos fugiram”, diz a nota.
A base federal de controle, cujo objetivo é impedir a entrada de barcos com suprimentos e equipamentos para garimpo no território yanomami, é protegida por agentes da Força Nacional de Segurança Pública, da Polícia Rodoviária Federal e do Ibama.
Apesar do alvoroço e ufanismo do Governo Federal, a operação para destruição da logística do garimpo tem sofrido críticas. Ministérios do governo Lula (PT) vêm manifestando posições divergentes sobre o tratamento a ser dado à fuga dos garimpeiros, o que pode influenciar o ritmo da desintrusão da terra indígena.
Integrantes do Ibama se sentiram excluídos do planejamento para a Operação Libertação, capitaneada pela PF e pelas Forças Armadas. O órgão ambiental executou as primeiras ações contra o garimpo no dia 6 de fevereiro. PF e militares, no dia 10. O balanço de uma semana da operação deixou de fora dados das ações do Ibama.
Também há divergência sobre dar ou não suporte logístico para a retirada de invasores.
O Ministério da Justiça, por sua vez, afirmou que não existe descoordenação nas ações. “Em que pese haver uma operação integrada, cada instituição não deixa de atuar também dentro de suas áreas de competência constitucional e legal, conforme princípios de conveniência e oportunidade”, disse, em nota.
Uma resposta
COMO DIZIAM OS MAIS ANTIGOS: FALAR É FÁCIL, CAGAR É FORÇA. FAZ O L.