O governo brasileiro, desde o ano passado, promete uma reestruturação no setor elétrico. O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, enfatizou a necessidade de organizar o setor e ajustar as tarifas para proteger os consumidores mais vulneráveis.
No entanto, apesar de declarações e ameaças veladas, o projeto ainda não foi divulgado, gerando incerteza no mercado.
Após cinco meses da declaração de Silveira de que o projeto estava pronto, o país continua sem conhecer os detalhes. Questionado, o Ministério de Minas e Energia informou que a proposta está sendo analisada internamente, sem compromisso com prazos definidos.
Especula-se que nos próximos meses serão apresentadas medidas que incentivem energias renováveis.
A falta de transparência do governo cria um clima de insegurança, impactando os investimentos em um setor complexo, envolvendo diferentes agentes e mercados.
A incerteza afeta não apenas os planos de investimento, mas também a capacidade das empresas de mobilizar recursos, aumentando a percepção de risco e o custo do capital.
Especialistas destacam o “efeito dominó” da insegurança, que não apenas prejudica os investimentos, mas também a capacidade das empresas de atrair aportes.
O silêncio do governo, somado ao histórico de intervenções passadas, como a Medida Provisória 579, editada pela ex-presidente Dilma Rousseff em 2012, que visava diminuir a tarifa “na marra” e recebeu o apelido de “o 11 de setembro do setor elétrico”.