
BRASIL, 13 de outubro de 2025 – O preço da gasolina no Brasil segue acima da referência internacional, de acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) na sexta (10). A entidade identificou diferença média de 8%, o que representa um sobrepreço de R$ 0,23 por litro em relação ao valor de paridade de importação.
A metodologia da Abicom considera o preço do combustível no mercado global, somado aos custos de frete, impostos e taxas portuárias. Conforme o levantamento, a variação dos preços nas refinarias brasileiras oscilou entre R$ 0,17 e R$ 0,31 por litro, dependendo do polo de entrega.
Embora a diferença tenha diminuído em relação à semana anterior, quando chegou a 10%, o Brasil mantém a chamada “janela de importação” aberta há 39 dias. Isso indica que, mesmo com a queda das cotações internacionais e a estabilidade do dólar em R$ 5,35, importar gasolina ainda é financeiramente vantajoso.
As refinarias da Petrobras e da Acelen não ajustam os preços desde junho, quando a estatal reduziu o valor da gasolina em 5,6%. Desde então, os preços permanecem congelados, mesmo diante das mudanças no mercado global de petróleo.
Enquanto a gasolina apresenta valores acima da média externa, o diesel segue em situação oposta. A Abicom aponta que o combustível é vendido 4% abaixo da paridade internacional, com defasagem média de R$ 0,14 por litro. A última alteração nos preços do produto ocorreu em maio.
Segundo a associação, o comportamento dos preços reflete a combinação entre a queda nas cotações do petróleo e a alta do câmbio. O barril do tipo Brent, principal referência internacional, permanece cotado acima de US$ 66.
POLÍTICA DE PREÇOS MANTIDA PELA PETROBRAS
Desde a posse de Magda Chambriard na presidência da Petrobras, em maio de 2024, a política de preços segue sem mudanças. O modelo implantado em 2023 eliminou a vinculação automática dos valores internos ao mercado internacional.
A atual estratégia, apoiada pelo presidente Lula, busca reduzir a volatilidade nos postos e adotar preços que reflitam os custos nacionais de produção e distribuição, segundo a estatal.







