
BRASÍLIA, 18 de agosto de 2025 – O gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino divulgou nota nesta segunda (18) em resposta à reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, que apontou suposta influência política do magistrado no Maranhão mesmo após sua chegada à Corte.
O comunicado tratou de questionamentos envolvendo vínculos familiares e uso político do cargo.
A nota mencionou a atuação de Daniele Lima, esposa de Dino, que trabalha como assessora do deputado federal Márcio Jerry (PCdoB), aliado histórico e presidente nacional do partido ao qual o ministro foi filiado.
O gabinete destacou que Daniele possui vida profissional própria “e não pode ser proibida de trabalhar”, afastando insinuações de favorecimento.
O comunicado também esclareceu que Joselne Rodrigues, esposa de Márcio Jerry, chefiou o gabinete de Dino apenas em 2015, no início de seu mandato como governador do Maranhão, e que não existe vínculo atual entre ambos. A informação, segundo o gabinete, desmonta a ideia de que haveria proximidade funcional no presente.
Em relação às alegações de uso político do cargo no Maranhão e eventuais motivos de impedimento ou suspeição em processos envolvendo o governador Carlos Brandão (PSB), a nota ressaltou que não se aplica nenhuma das hipóteses legais previstas na legislação para magistrados.
A manifestação frisou ainda que nenhuma das partes envolvidas nos processos questionou a atuação de Dino no Supremo.
O texto conclui afirmando que “critério geográfico de impedimento não existe em relação aos ministros do STF, que julgam normalmente processos com litigantes de seus Estados de origem, onde naturalmente conhecem pessoas e exerceram outras atividades profissionais em suas vidas anteriores”.







