BRASIL, 13 de novembro de 2023 – As exportações de carne bovina do Brasil diminuíram neste ano durante o governo Lula, resultando em um prejuízo considerável para o país.
Entre janeiro e outubro de 2023, o Brasil registrou uma diminuição de quase US$ 3 bilhões nas receitas em comparação com o mesmo período de 2022, de acordo com dados da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo).
No período analisado, as exportações do setor alcançaram US$ 11,7 bilhões, em contraste com os US$ 8,8 bilhões registrados no mesmo intervalo de 2022.
Surpreendentemente, a quantidade de carne bovina exportada permaneceu praticamente a mesma nos dois anos, totalizando quase 2 milhões de toneladas nos dez primeiros meses.
Entretanto, o preço médio pago por tonelada sofreu uma queda significativa, passando de US$ 5,7 mil para US$ 4,4 mil. Essa redução no valor médio contribuiu para a diminuição das receitas mesmo mantendo o volume de exportações estável.
O mercado chinês, apesar de ainda liderar as compras de carne bovina do Brasil, reduziu suas importações do setor em 7%. Em 2022, a China representou 53% dos embarques brasileiros, de acordo com a Abrafrigo.
No acumulado de 2023, essa fatia caiu para 49%. Além da redução no volume, o preço médio pago pela China por tonelada também diminuiu, passando de US$ 6,6 mil para US$ 4,8 mil.
Um fator adicional que afetou as exportações brasileiras foi um caso de vaca louca descoberto em uma fazenda em Marabá, no interior do Pará, no mesmo ano.
Em fevereiro, um animal doente foi identificado, levando o Brasil a interromper imediatamente os embarques para a China, conforme o contrato. O receio inicial era de que se tratasse da forma clássica da doença, transmissível e fatal.
No entanto, posteriormente, ficou constatado que o caso brasileiro era de uma variação atípica da doença, não transmissível. Em 6 de março, a Associação Mundial de Saúde Animal encerrou o caso.
Apesar disso, a retomada das exportações dependeu da aprovação chinesa, que só ocorreu em 23 de março.