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Ex-presidentes torram R$ 4,7 milhões e esbanjam com viagens

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Ex-presidentes Farra
As despesas com os seguranças e assessores dos ex-presidentes custaram R$ 4,7 milhões aos cofres públicos, até meados de julho deste ano.

BRASÍLIA, 16 de agosto de 2024 – As despesas com os seguranças e assessores dos ex-presidentes da República custaram R$ 4,7 milhões aos cofres públicos, até meados de julho deste ano. A gastança com diárias e passagens em deslocamentos no país e no exterior somam R$ 1,8 milhão.

Todas as despesas com a equipe de apoio de Fernando Collor atingiram R$ 1 milhão. Em segundo lugar está Dilma Rousseff, com R$ 970 mil. Jair Bolsonaro lidera os gastos com viagens – R$ 555 mil.

Ele percorreu cerca de 60 cidades em 34 viagens pelo país desde janeiro, em período pré-eleitoral.

Dilma e Michel Temer fizeram várias viagens internacionais. Dilma esteve em Dubai, Cairo, Paris, Washington, Roma, Riad, Pequim. Temer participou de eventos em Zurique, Dubai, Londres, Lisboa, Nova York, Miami e Orlando.

As diárias e passagens dos seguranças e assessores foram pagas pelo contribuinte. As despesas com Fernando Henrique Cardoso e José Sarney são bem menores.

EX-PRESIDENTE PRESO RECEBEU VERBA

O presidente Lula teve a ajuda suspensa quando tomou posse no atual mandato, mas terá direito à mordomia quando encerrar o mandato. Ele não deixou de receber essa verba mesmo durante os 500 dias em que esteve preso em Curitiba.

Collor ficou em segundo lugar nas viagens – 50 delas para São Paulo e 26 para Maceió. As despesas somaram R$ 536 mil. Durante muitos anos ele acumulou a verba de ex-presidente com as mordomias do Senado Federal, onde chegou a ter 90 assessores.

Os impeachments de Collor e Dilma não eliminaram as mordomias dos dois ex-presidentes. Cada ex-presidente conta ainda com dois carros oficiais blindados.

A equipe de Dilma teve as maiores despesas com salários – R$ 689 mil, sendo R$ 268 mil com o segurança que mora em Xangai, onde ela preside o Banco dos BRICs. O seu segurança recebe auxílio moradia no exterior, indenização de representação no exterior e salário no exterior.

No ano passado, a gastança na China foi ainda maior. Dois seguranças da ex-presidente permaneceram em Xangai por 133 dias, do final de março ao início de agosto, recebendo um total de 264 diárias, no valor total de R$ 350 mil.

As despesas dos assessores e seguranças de Dilma somaram R$ 1,36 milhão, naquele ano.

Até a Presidência da República achou que era demais. A partir de setembro de 2023, um servidor foi lotado na embaixada brasileira na China, recebendo salário, auxílio-moradia e indenizações no exterior. Os salários têm o maior peso no total das despesas dos seis ex-presidentes – R$ 2,8 milhões.

As mordomias dos ex-presidentes estão previstas no Decreto nº 6.381, de 27 de fevereiro de 2008, que regulamenta a Lei nº 7.474, de 08 de maio de 1986, relativa às “medidas de segurança e apoio aos ex-presidentes da República”.

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