COLUNA

Entrelinhas 06/06/23

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Corrida pela Prefeitura de São Luís ainda segue em marcha lenta.

JOGOS VORAZES – Agasalhado pela indumentária da arrogância que já lhe é característica, o deputado federal Duarte Jr tenta tratorar adversários internos no PSB e sagrar-se pré-candidato único e, posteriormente, candidato a prefeito de São Luís em 2024.

Ocorre que o deputado estadual Carlos Lula está entre os postulantes. O ex-secretário de saúde é uma espécie de “anti-Duarte”. Tem o perfil apaziguador, não é afeito a aparições acrobáticas circenses e é mais conhecido por agir pelo grupo do que por interesses pessoais.

Carlos Lula, inclusive, abriu mão da candidatura de deputado federal à pedidos do ex-governador Flávio Dino.

Além do mais, a capacidade publicitária forjada do deputado federal contrasta com uma passagem muito elogiada pela Secretaria Estadual de Saúde do deputado estadual.

Duarte Jr sabe que manter um adversário como Carlos Lula ativo é um problema. O tempo é aliado de Lula e inimigo de Duarte.

Daí a necessidade absurda de acabar logo com o ímpeto do colega deputado estadual.

NÁUFRAGO – Visto como o maior adversário do prefeito Eduardo Braide nas eleições do ano que vem, o vereador, e presidente da Câmara, Paulo Victor, não vive um de seus melhores moimentos.

Paulo Victor foi o maior general da campanha de Carlos Brandão nas eleições de 2022 na capital maranhense. O apoio do governador era dado como certo. Não apenas o apoio, mas um possível esforço para que Victor fosse o candidato único de Brandão na disputa.

Passados alguns meses após assumir a secretaria de Cultura e receber a tarefa de fazer o maior São João do Brasil, Paulo Victor deixou a secretaria por razões obscurecidas, viu o entusiasmo do governador diminuir e começou a ter que gerenciar um momento conturbado na Câmara de Vereadores.

A capacidade de articulação em 2022 viria bem a calhar na atual situação. Caso contrário…

EM UM MUNDO INTERIOR – Enquanto Duarte tenta revogar a concorrência interna e Paulo Victor passa por uma turbulência que pode afundar sua candidatura, o prefeito Eduardo Braide segue com a política autista. Cerca de um ano antes do pleito, o prefeito ainda não possui a segurança de ser candidato no próprio partido, o PSD, e ainda não dispõe de um leque de alianças partidárias que lhe dê sustentação.

Líder nas pesquisas e vendo a estagnação de adversários, uma simples reforma administrativa que lhe assegurasse partidos e apoio poderia ser o xeque-mate no jogo. Uma ação simples para qualquer político que passa a ser uma tarefa hercúlea quando se fala do prefeito.  

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