Na noite dessa segunda (21), áudios obtidos pela Folha de São Paulo deixaram o ministro da Educação, Milton Ribeiro, em situação bastante delicada.
Os áudios dão conta de que o titular do MEC supostamente admitiu que o governo federal priorizaria solicitações de liberação de verba de prefeituras que tivessem envolvimento nas negociações feitas por dois pastores, Gilmar Santos e Arilton Moura.
“Porque a minha prioridade é atender primeiro os municípios que mais precisam e, em segundo, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar […] Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim”, disse Ribeiro durante uma reunião em que teriam participado prefeitos e os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura.
Embora nenhum dos dois tenha cargo na União, segundo informações, ambos teriam uma grande influência dentro do governo. Ribeiro negou as acusações de tráfico de influência e afirmou em nota que Bolsonaro “não pediu atendimento preferencial a ninguém, solicitou apenas que pudesse receber todos que nos procurassem, inclusive as pessoas citadas na reportagem […] não há nenhuma possibilidade de o ministro determinar alocação de recursos para favorecer ou desfavorecer qualquer município ou estado”.
O filho ’01’ do presidente Jair Bolsonaro (PL) ignorou a crise e afirmou que Ribeiro deveria permanecer no comando do ministério caso o pai seja reeleito. Além disso, Flávio Bolsonaro (PL-RJ) ressaltou que Milton Ribeiro está fazendo um trabalho fenomenal na educação, destruída por décadas de governos que atendiam militantes pedindo comunismo nas universidades.
O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (Progressistas-PR), também disse que prefere que Milton Ribeiro permaneça no cargo. No entanto, um grupo de deputados da oposição já solicitou a abertura de um inquérito no STF.
Respostas de 4
MALDITOS !
Vai ja dizer que não foi ele que falou no áudio
Eles Vão dizer que: “FOI OBRA DE SATANÁS !”. BANDO DE SAFADO !
[…] Polícia Federal instaurou nesta sexta (25) um inquérito para investigar suposta atuação de pastores na liberação de recursos do Ministério da Educação. A princípio, o ministro Milton Ribeiro não terá sua atuação […]