SÃO LUÍS, 12 de julho de 2024 – O empresário Antônio Calisto Vieira Neto, proprietário da Construmaster Construções e Locações, prestará depoimento nesta sexta (12) às 14h no plenário Simão Estácio da Silveira.
Ele foi convocado pelo presidente da Câmara Municipal de São Luís, vereador Paulo Victor (PSB), para comparecer à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga supostas irregularidades em contratos emergenciais firmados pela gestão do prefeito Eduardo Braide (PSD).
Paulo Victor afirmou que Calisto o procurou para relatar um esquema fraudulento dentro da Semosp, além de ter sido vítima de extorsão pelo prefeito e pelo secretário municipal de Obras, David Col Debella.
Em comentários feitos nas redes sociais de Braide, que foram posteriormente apagados, Calisto acusou o prefeito e o secretário de extorsão, apesar de ter ganho uma licitação de forma lícita.
O empresário emitiu duas notas esclarecendo que não procurou nenhuma autoridade para relatar ilicitudes.
Ele afirmou que ganhou uma licitação junto à Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos, mas após o cancelamento do certame, uma empresa com proposta mais alta foi contratada emergencialmente. Calisto denunciou o fato ao Ministério Público e ao Poder Judiciário.
ARQUIVAMENTO DO MP SEM INVESTIGAÇÃO
O Ministério Público arquivou a denúncia formulada por Calisto. O promotor de Justiça Zanony Passos Filho, afastado após denúncia de extorsão feita por Paulo Victor, patrocinou o arquivamento.
Segundo o MP, a investigação perdeu o objeto devido à abertura da CPI pela Câmara para apurar as suspeitas de irregularidades em contratos emergenciais.
Segundo Paulo Victor, a CPI deve revelar a participação de familiares do prefeito Eduardo Braide em um suposto esquema de corrupção. Victor afirmou que a CPI mostrará que a prefeitura é composta por uma “quadrilha”, incluindo parentes do prefeito, que receberiam dinheiro de construtoras.
As acusações, no entanto, ainda estão em fase de apuração pela CPI.