
BRASÍLIA, 27 de outubro de 2025 – A Eletronuclear pediu um aporte financeiro de R$ 1,4 bilhão ao governo federal para evitar um colapso operacional que pode ocorrer já a partir de novembro. A empresa formalizou o pedido à Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar), controladora das usinas Angra 1 e 2, na última segunda (20).
Conforme o ofício, a falta do recurso pode antecipar dívidas de R$ 6,5 bilhões e inviabilizar completamente o Projeto Angra 3, elevando o passivo total para até R$ 21 bilhões.
Sem o aporte imediato, a Eletronuclear pode precisar do Tesouro Nacional para custear suas despesas mais básicas, cenário que pressionaria o Orçamento Fiscal. Além disso, os custos anuais de manutenção da obra inacabada de Angra 3 consomem R$ 1 bilhão, valor não coberto pela tarifa de energia.
A ENBPar já sinalizou que o aporte do controlador é uma condição essencial para a emissão de debêntures de R$ 2,4 bilhões, operação crucial para a empresa.
A situação se agrava com uma dívida de R$ 570 milhões com vencimento para dezembro de 2025, contraída para prorrogar a licença de Angra 1. Paralelamente, o débito com a INB, fornecedora de combustível, saltou de R$ 450 milhões para cerca de R$ 700 milhões.
Enquanto isso, o Ministério da Fazenda mantém uma posição restritiva sobre novos aportes em estatais, priorizando soluções de gestão interna.







