
BRASIL, 05 de setembro de 2025 – A Rede Sol Fuel Distribuidora, alvo da Operação Carbono Oculto por supostos vínculos com o PCC, mantém contratos ativos de R$ 424 milhões com o governo federal.
A empresa fornece combustível para a Presidência da República, ministérios como Fazenda, Defesa e Saúde, e para a Polícia Militar do Rio de Janeiro. As investigações apontam que o proprietário, Valdemar de Bortoli Júnior, tem sólidos vínculos com esquemas de fraude e lavagem de dinheiro.
Entre os principais contratos, destacam-se o fornecimento de querosene de aviação ao Comando da Aeronáutica, no valor de R$ 154 milhões, e de gasolina comum para a PMERJ, por R$ 148 milhões.
Além disso, a Presidência da República consome R$ 3,1 milhões em combustível para veículos e residências oficiais. Os contratos têm vigência entre um e cinco anos.
A empresa divulgou uma nota negando qualquer relação com o fundo Mabruk II, investigado por financiar o PCC. A Rede Sol afirmou que emitiu uma nota comercial de R$ 30 milhões em novembro de 2023, de forma regular, sem vínculo com o fundo.
Inclusive, a empresa nega ter emitido debêntures ou mantido ligação com o crime organizado, reforçando sua conformidade perante a ANP.
O Ministério Público de São Paulo conduz as investigações em parceria com a Polícia Federal e a Receita Federal. A operação Carbono Oculto apura fraudes e lavagem de capitais no setor de combustíveis.
A empresa também é síndica de um condomínio logístico em Jardinópolis (SP), compartilhado com outras distribuidoras, relação homologada pela agência reguladora.







