
BRASÍLIA, 19 de setembro de 2025 – A Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira (17) o diretor de Administração e Finanças do Serviço Geológico do Brasil, Rodrigo Teixeira, em operação que apura organização criminosa no setor de mineração. A investigação aponta corrupção, lavagem e dano ambiental com prejuízo de R$ 1,5 bilhão.
O SGB é empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia e é presidido por Inácio Cavalcante Melo Neto, marido da senadora Eliziane Gama. Em virtude da função estratégica, Rodrigo Teixeira integraria decisões sensíveis. Por conseguinte, sua atuação é foco central das diligências da PF.
Segundo a PF, o grupo usava empresas interpostas e articulava licenças ambientais fraudulentas. Houve 22 mandados de prisão e 79 buscas. Também foi preso o diretor da Agência Nacional de Mineração, Caio Mário Trivellato Seabra Filho. A apuração mapeia vínculos societários e fluxos financeiros que incluem Rodrigo Teixeira.
VALOR E LIGAÇÃO COM O SGB
A PF estima ganhos ilícitos de ao menos R$ 1,5 bilhão e identificou projetos com potencial superior a R$ 18 bilhões. Assim sendo, a análise concentra contratos, licenças e pagamentos sob gestão do SGB. Nesse eixo, Rodrigo Teixeira aparece como diretor responsável por áreas administrativas e financeiras.
Em outras palavras, o caso une volume expressivo de recursos e posição relevante na estrutura do SGB. Com efeito, novas perícias e oitivas devem definir responsabilidades. A defesa de Rodrigo Teixeira poderá se manifestar no curso do processo, conforme garantias legais e o devido contraditório.







