BRASÍLIA, 21 de outubro de 2024 – O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Polícia Federal finalize, em até 90 dias, a investigação sobre um suposto esquema de propinas envolvendo o senador Renan Calheiros (MDB).
A apuração gira em torno de contratos fraudulentos relacionados ao fundo de pensão dos Correios, o Postalis. Na decisão, Dino negou o pedido de arquivamento feito por Calheiros, que alegava excesso de prazo nas investigações.
O ministro argumentou que o inquérito, por ser complexo, não sofreu prorrogações indevidas.
A decisão de Dino destaca a importância de concluir as diligências para evitar abusos, afirmando que as autoridades responsáveis devem finalizar as investigações e apresentar suas conclusões.
O inquérito, aberto em 2017, investiga desvios em aportes do Postalis que teriam favorecido empresas do lobista Francisco Emerson Maximiano, o “Max”. Segundo a Polícia Federal, parte desses recursos pode ter beneficiado Milton Lyra, apontado como operador de Renan Calheiros.
Durante as investigações, uma auditoria da Receita Federal identificou que uma empresa ligada a Max realizou transações no valor de R$ 6,4 milhões sem comprovação de serviços prestados.
Essas transações envolveram empresas ligadas a Lyra, e a Polícia Federal considera esses fatos como indícios de possíveis irregularidades, incluindo caixa dois.