
SÃO LUÍS, 12 de março de 2025 – O deputado Carlos Lula utilizou o Pequeno Expediente na Assembleia Legislativa do Maranhão para cobrar ações do governo estadual em dois temas prioritários: a recuperação da MA-014 e a isenção do ICMS sobre a cesta básica.
Ele destacou que o governo do Maranhão possui R$ 5 bilhões em caixa, recursos suficientes para recapear a rodovia, mas falta vontade política. “Se o governo tirasse 5% deste recurso, ou até menos, 4%, algo em torno de R$ 200 milhões, era possível recapear, por completo, a MA-014. Se não faz é porque não quer”, afirmou.
Além disso, Carlos Lula defendeu a aprovação de um projeto de lei que zera o ICMS da cesta básica, seguindo exemplos de estados como Piauí e São Paulo. “Baixar de 12% para 8% é insuficiente. Nesse momento, é importante zerar o ICMS da cesta básica, como o Piauí já fez”, disse.
Ele também cobrou o governador Carlos Brandão para que mobilize sua base e agilize a votação do projeto.
Já no Grande Expediente, o deputado Dr. Yglésio rebateu as críticas de Carlos Lula, classificando-as como demagógicas. Ele afirmou que a MA-014 ficou anos sem manutenção e que o governo atual ampliou em 20 vezes as equipes de trabalho na rodovia.
“A MA-014 ficou esse tempo todo sem reforma, nada, nunca aqui ninguém falou nada. Agora parece que o mundo caiu”, criticou.
Sobre a isenção do ICMS, Yglésio questionou o impacto real da medida, destacando que os preços dos alimentos são influenciados por fatores como dólar, fertilizantes e frete.
“Alguém aqui que tenha dois neurônios, tu achas que o ICMS de 8% é o problema num café que subiu 46,21% em 12 meses? Ou é o dólar que disparou, o fertilizante que aumentou, o frete que subiu?”, questionou.
O deputado também criticou a proposta de zerar o ICMS da cesta básica sem estudos prévios. “O Secretário da Fazenda está analisando 500 milhões de notas fiscais para saber o impacto da redução. Protocolar um projeto sem saber quanto vai dar de renúncia é irresponsabilidade”, afirmou.
Na oportunidade, Yglésio ainda atribuiu a alta dos preços à política econômica federal, citando o aumento do déficit público e as taxas de juros proibitivas para produtores.