SÃO LUÍS, 03 de setembro de 2024 – O setor público consolidado, que engloba a União, Estados, municípios e estatais, alcançou um déficit de R$ 1,128 trilhão no período de 12 meses até julho de 2024, de acordo com o relatório Estatísticas Fiscais divulgado pelo Banco Central na última sexta (30).
Esse valor representa o maior déficit nominal desde o início da série histórica, em 2001.
Em comparação com o mês anterior, o saldo negativo aumentou em R$ 19,6 bilhões, quando o déficit era de R$ 1,108 trilhão. O resultado nominal do setor público consolidado é obtido pela diferença entre receitas e despesas, incluindo o pagamento de juros da dívida pública.
O déficit registrado corresponde a 10,02% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, considerando o período de 12 meses até julho. Desse montante, R$ 869,8 bilhões foram gastos com juros da dívida, o que representa 77,1% do déficit nominal total.
Ao excluir os juros, o déficit primário do setor público consolidado foi de R$ 257,7 bilhões no acumulado de 12 meses até julho, uma redução em relação ao débito de R$ 272,2 bilhões registrado até junho.
A Dívida Bruta do Governo Geral, que inclui o governo federal, INSS e governos regionais, chegou a 78,5% do PIB em julho, subindo 0,7 ponto percentual no mês e atingindo R$ 8,8 trilhões, um aumento de 4,1 pontos percentuais no ano.