
BRASÍLIA, 05 de dezembro de 2025 – A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) pode ter seu processo de perda de mandato influenciado por uma decisão do Supremo Tribunal Federal. O ministro Gilmar Mendes emitiu um despacho que limita a apresentação de novos pedidos de impeachment contra ministros da Corte.
Embora a medida vise principalmente o Senado, ela gerou desconforto entre deputados da Câmara. Esses parlamentares planejam agora enviar um “recado” ao STF através do voto no caso de Zambelli.
A resposta dos deputados pode ocorrer na próxima semana, durante análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. O colegiado votará um pedido para cassar o mandato da deputada Carla Zambelli.
Incomodados com a decisão de Gilmar Mendes, integrantes do Centrão prometem se unir à oposição. O objetivo é votar a favor do parecer do relator do caso, deputado Diego Garcia (Republicanos-PR). Dessa forma, a decisão do STF cria um novo cenário político na avaliação disciplinar.
ARGUMENTOS DO RELATOR A FAVOR DA DEPUTADA
Diego Garcia já apresentou um parecer pela absolvição de Carla Zambelli no processo de perda de mandato. O relator argumenta não existirem provas suficientes contra a parlamentar. Além disso, Garcia sustentou que o ministro do STF Alexandre de Moraes deveria ser considerado suspeito.
O relator alega uma suposta perseguição política do ministro contra a deputada. Alexandre de Moraes foi quem ordenou à Câmara que decretasse a perda do mandato de Zambelli. A determinação partiu de uma condenação da deputada pelo próprio STF.
FUNDAMENTO DA CONDENAÇÃO NO SUPREMO
O Supremo Tribunal Federal condenou Carla Zambelli por comandar a invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Por isso, o ministro Alexandre de Moraes determinou a abertura do processo de cassação na Câmara.
Agora, contudo, o despacho do ministro Gilmar Mendes sobre impeachment de ministros alterou o clima político.







