STF CÚMPLICE

Decisão de Toffoli paralisou apurações sobre fraudes no INSS

Compartilhe
Toffoli INSS
Saiba por que uma decisão sigilosa do ministro do STF, Dias Toffoli, travou investigações sobre fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

BRASÍLIA, 7 de agosto de 2025 – O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF) , pediu que a Polícia Federal (PF) encaminhe ao seu gabinete todas as investigações relacionadas a fraudes em descontos aplicados a aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A medida, apesar de não suspender formalmente os inquéritos, resultou na paralisação prática da Operação Sem Desconto, conduzida pela PF desde abril deste ano. A decisão foi revelada pela revista piauí .

Toffoli instalou um procedimento sigiloso para reunir os casos sob seu relato, mas não apresentou, até o momento, justificativa clara para assumir a condução das apurações.

“Já há um procedimento sigiloso específico instaurado em meu gabinete mudando a essa extraordinária”, escreveu o ministro em despacho proferido em junho, no qual solicitou ao diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, a relação de todos os inquéritos em andamento no país sobre o tema.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) ainda não se pronunciou sobre a possível prevenção de Toffoli — ou seja, se há algum fundamento legal que justifique a sua atuação prioritária no caso.

A Operação Sem Desconto foi deflagrada em 23 de abril e resultou no afastamento do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto. A investigação aponta a existência de um esquema bilionário de descontos prejudiciais nos benefícios de benefícios que envolvem associações de classe, sindicatos e servidores do instituto .

Na primeira fase da operação, a PF cumpriu mais de 200 mandados de busca e apreensão em vários Estados . As apurações ocorreram em múltiplos inquéritos, prolongamentos de forma descentralizada, com foco em diferentes sindicatos suspeitos de participação nas fraudes.

O prejuízo estimado aos lucros acumulados ultrapassa R$ 3,3 bilhões, valor que, segundo o próprio INSS, seria necessário para indenizar as vítimas.

Com a iniciativa de Toffoli, todos esses procedimentos estão em compasso de espera, já que as autoridades policiais optaram por aguardar uma definição formal sobre a competência do caso. Isso evita o risco de anulação de provas e diligências.

Compartilhe
0 0 votos
Classificação da notícias
Inscrever-se
Notificar de
guest
0 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários

Gostaríamos de usar cookies para melhorar sua experiência.

Visite nossa página de consentimento de cookies para gerenciar suas preferências.

Conheça nossa política de privacidade.

0
Adoraria saber sua opinião, comente.x