EXÉRCITO CRIMINOSO

CV é maior que exércitos de países vizinhos, diz relatório

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Comando Vermelho (CV), uma das principais facções do Brasil, reúne cerca de 30 mil integrantes, superior ao efetivo militar de países como Uruguai e Paraguai.

BRASIL, 04 de novembro de 2025 – O Comando Vermelho (CV), uma das principais facções criminosas do Brasil, reúne hoje cerca de 30 mil integrantes, número superior ao efetivo militar de países como Uruguai e Paraguai. As informações constam em relatório da organização InSight Crime, publicado originalmente em 2020 e atualizado neste ano.

De acordo com levantamento do International Institute for Strategic Studies (IISS) de 2025, o Uruguai tem aproximadamente 21 mil militares ativos, enquanto o Paraguai possui cerca de 14 mil. O contingente do CV, portanto, já ultrapassa os exércitos regulares de ambos os países.

Segundo o relatório, o Comando Vermelho mantém controle de metade do território do Rio de Janeiro e presença ativa em rotas internacionais do tráfico de drogas. A facção disputa espaço com o Terceiro Comando Puro e com milícias.

Atualmente, o grupo mantém presença em todas as regiões do Brasil, com forte influência nas prisões e nas favelas do Estado do Rio. O estudo descreve a facção como “uma ameaça nacional e transnacional”, com ramificações que ultrapassam o território brasileiro.

MEGAOPERAÇÃO NO RIO

Na última terça (28), uma megaoperação policial no Rio deixou 121 mortos e 113 presos nos complexos do Alemão e da Penha, redutos históricos do CV.

A Operação Contenção mobilizou cerca de 2,5 mil policiais e cumpriu aproximadamente 100 mandados de prisão. A ação se tornou a mais letal da história do país e superou o episódio do Carandiru, em 1992.

Entre os resultados, foram presas 113 pessoas em flagrante e apreendidas mais de 118 armas, das quais 91 eram fuzis, além de cerca de uma tonelada de drogas. Um dos detidos foi Thiago do Nascimento Mendes, o “Belão”, considerado o braço direito do líder Edgar Alves de Andrade, conhecido como “Doca”, que segue foragido.

A operação foi resultado de mais de um ano de investigações e teve como meta conter a expansão territorial da facção e desarticular sua estrutura de comando. Durante a ação, houve intensos confrontos armados, uso de drones, bloqueios de ruas e barricadas erguidas por criminosos.

O governo estadual classificou a ação como um êxito estratégico. Segundo o secretário de Polícia Civil do Rio, delegado Felipe Curi, a operação foi “o maior baque que o Comando Vermelho em toda a sua história já tomou” desde sua fundação.

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