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Crime organizado no Brasil lucra R$ 348,1 bilhões em 1 ano

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Crime Relatório
Relatório diz que o crime organizado diversificou suas operações, expandindo atividades ilegais e explorando mercados lícitos, como combustíveis, ouro e bebidas

BRASIL, 31 de março de 2025 –  O crime organizado no Brasil tem gerado receitas astronômicas que, caso fossem registradas como empresas, posicionariam suas atividades ilegais entre as cinco maiores do país, com um faturamento anual de R$ 348,1 bilhões.

De acordo com o relatório Follow The Products, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), divulgado este mês, as organizações criminosas expandiram seus “modelos de negócio”, explorando mercados legais como combustíveis, ouro, tabaco e bebidas.

As operações ilegais, com impactos profundos na economia, estão diretamente ligadas à exploração de produtos essenciais e ao envolvimento de facções criminosas. Entre as atividades mais rentáveis estão o comércio ilegal de combustíveis, com R$ 61,5 bilhões de receita, e de bebidas alcoólicas, com R$ 56,9 bilhões.

Além disso, o tráfico de drogas ainda mantém sua relevância, gerando R$ 15 bilhões anualmente. O impacto fiscal dessas atividades é significativo, com perdas bilionárias para o país, como os R$ 23 bilhões de impostos sonegados no mercado de combustíveis ilegais.

Além de listar a expansão do crime nos mercados legais, o estudo aponta o aumento de crimes virtuais e furtos de celulares, resultando em uma receita de R$ 186 bilhões por ano. A falta de controle, rastreamento de produtos e o domínio territorial de facções são descritos como fatores que contribuem para o crescimento desse mercado ilegal.

O relatório sugere que um combate eficaz ao crime organizado exige maior integração de dados entre órgãos como a Receita Federal, Polícia Federal e agências reguladoras, além do uso de tecnologias como blockchain para monitorar o fluxo financeiro ilícito.

A presença do estado em áreas vulneráveis também é considerada como ponto de prioridade para enfrentar a violência, corrupção e exclusão social que alimentam a economia do crime.

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